A Assembleia francesa aprovou um projeto de lei considerado "discriminatório" contra os muçulmanos

Apesar dos 65 votos de abstenção e dos 151 votos contra o polémico projeto, 347 deputados da Assembleia da França aprovaram o projeto de lei que é criticado por ser discriminatório contra os muçulmanos.

O projeto permite encerrar associações religiosas que discriminem com base no sexo ou que promovam a violência contra qualquer pessoa.

Aqueles que ameaçarem, violarem ou injuriarem os funcionários públicos por motivos religiosos, serão punidos com uma pena de 75 mil euros e até 5 anos de prisão. A lei prevê também sancionar com uma multa de 3 750 euros as associações religiosas que não revelem os seus recursos financeiros e donativos superiores a 10 mil euros, vindos de fora do país.

O projeto torna também obrigatória a educação geral para as crianças entre 3 e 16 anos de idade, mas permite a opção de formação em casa com a autorização do Estado, por razões excepcionais ou motivos de saúde.

O projeto de lei, também pune situações de poligamia, casamento forçado ou ou pedidos de certificado de virgindade. O projeto será discutido no Senado a partir do dia 30 de março e, após a votação, será novamente discutido na Assembleia Nacional.