Portugal festeja o 50º Aniversário da Revolução dos Cravos: 25 de Abril – Dia da Liberdade

Celebra-se hoje em Portugal o 50º Aniversário da Revolução dos Cravos e também denominado 25 de Abril – Dia da Liberdade. Em 25 de abril de 1974, com um golpe militar o país transitou de um regime de ditadura para a democracia.

Por todo o país, diversos eventos sucedem-se para celebrar o marco histórico, com uma forte participação popular, destacando-se a célebre descida da Avenida da Liberdade em Lisboa.

A Revolução de Abril surge num contexto de regime ditatorial em que o país se encontrava desde a elaboração da Constituição de 1933. Na sequência de um golpe militar em 28 de maio de 1926, foi instaurada em Portugal uma ditadura militar. Foi nesse espírito que foi elaborada a Constituição de 1933 e instituído um novo regime autoritário-ditatorial de inspiração fascista — "o Estado Novo". António de Oliveira Salazar (1932-1968), enquanto Presidente do Conselho de Ministros de Portugal, passou então a controlar o país através de um partido único, a "União Nacional".

A Revolução do 25 de Abril de 1974 foi liderada por um movimento militar, o Movimento das Forças Armadas (MFA), composto na sua maior parte por capitães que tinham participado na Guerra Colonial.

Este dia ficou marcado na história do país e é comemorado anualmente com diversos eventos oficiais, internacionalmente é reconhecido como um golpe pacífico em que se distribuíram cravos vermelhos em detrimento das armas.

Porquê o cravo vermelho?

O cravo vermelho tornou-se o símbolo da Revolução de Abril de 1974. Celeste Caeiro, que transportava pelas ruas um ramo de cravos brancos e vermelhos nas mãos, acabou por distribuir as flores junto dos soldados, que logo as colocaram nos canos das suas armas. Mais tarde as floristas da cidade continuaram a replicar o gesto.