A União Europeia vai continuar a trabalhar com o líder da oposição Juan Guiadó

O porta-voz da Comissão Europeia, Peter Stano, respondeu a uma pergunta sobre o facto da UE ter deixado de considerar Juan Guaidó como "presidente interino", na declaração da União Europeia.

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A União Europeia vai continuar a trabalhar com o líder da oposição Juan Guiadó

A União Europeia anunciou que vai continuar a trabalhar com o líder da oposição Juan Guiadó, depois da coligação governamental liderada pelo presidente Nicolás Maduro ter vencido as eleições parlamentares na Venezuela.

Na conferência de imprensa diária, o porta-voz da Comissão Europeia, Peter Stano, respondeu a uma pergunta sobre o facto da UE ter deixado de considerar Juan Guaidó como "presidente interino", na declaração da União Europeia de quarta-feira, 6 de janeiro, após as eleições parlamentares na Venezuela.

Afirmando que a União Europeia não assume uma atitude de reconhecer ou não pessoas, Stano disse que a questão do reconhecimento das pessoas diz respeito aos próprios governos dos países da União Europeia.

“A nossa declaração de ontem é um texto aprovado pelos 27 membros da União Europeia. O texto expressa a posição da UE. Por outras palavras, reconhecemos como interlocutores Juan Guaidó e os membros do último parlamento, anteriormente eleitos democraticamente, e cujo mandato já terminou. Continuaremos a trabalhar com essas pessoas”.

Stano esclareceu que a UE tentará encontrar uma solução pacífica, sustentável e democrática para a crise política do país com a oposição venezuelana.

A União Europeia defende que o resultado das eleições parlamentares de 6 de dezembro de 2020 não é "fiável, inclusivo nem transparente" e não representa a vontade democrática do povo venezuelano.

A coligação governamental liderada pelo presidente Nicolás Maduro venceu as eleições parlamentares na Venezuela, e a oposição, que boicotou essas eleições e é liderada pelo ex-presidente da Assembleia Nacional, Juan Guaidó, anunciou que realizaria eleições alternativas.

Guaidó, o presidente do ex-parlamento eleito após as eleições de 2015, autoproclamou-se "presidente interino" após os protestos contra Maduro no país, há dois anos.

O governo dos Estados Unidos continua a reconhecer Guaidó como o "presidente legítimo" da Venezuela.


Etiquetas: #Guaidó , #Venezuela , #UE

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