UNICEF: "190 crianças morreram no conflito no Sudão"
O Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF) anunciou que, desde o início do conflito no Sudão, 190 crianças foram mortas e 1700 crianças sofreram ferimentos.
A Diretora Executiva da UNICEF, Catherine Russell, afirmou numa declaração que, tal como noutros conflitos, as crianças estão entre aqueles que mais sofrem, e que devem ser envidados todos os esforços para as proteger.
Apelando a todas as partes para que cumpram as suas obrigações ao abrigo do direito humanitário internacional e que garantam a segurança das crianças, Catherine Russell afirmou: "A situação no Sudão é terrível e as crianças estão a pagar o preço com as suas vidas. Pelas crianças terminem o conflito!"
Russell sublinhou que as partes devem parar os ataques a instalações médicas, escolas, instalações de água e saneamento e outras infra-estruturas.
Referindo que as instalações da UNICEF no Sudão também sofreram danos e que foram saqueados os seus recursos, Russell referiu que esta situação afetou seriamente o trabalho humanitário.
"A UNICEF ambém apela a uma solução política de longo prazo para a crise, para que as crianças no Sudão possam crescer em paz e olhar para o futuro com esperança", disse Russell.
No Sudão, a disputa sobre a "reforma da segurança militar", que prevê a incorporação total no exército das Forças de Apoio Rápido (RSF), criadas em 2013, para apoiar as forças governamentais contra os rebeldes armados na região de Darfur, transformou-se num grave conflito na manhã de 15 de abril.
O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Sudão informou que o chefe do Conselho de Soberania e Comandante do Exército, General Abdulfettah al-Burhan, decisiu dissolver as RSF e declará-las uma "força rebelde contra o Estado".
O Ministério da Saúde sudanês anunciou que o número de pessoas que perderam a vida nos confrontos entre o exército e as RSF, que tiveram início a 15 de abril, aumentou para 550 e o número de feridos aumentou para 4.926.
