Análise da Atualidade: Movimento de consciência mundial condena Israel

Semanas depois do 7 de outubro, Israel continua o seu ataque implacável a Gaza. Dois milhões e meio de pessoas estão encurraladas nos 350 quilómetros quadrados do território sob bloqueio. Mais de 13.000 palestinianos foram mortos até agora nos ataques aéreos e terrestres, a grande maioria dos quais mulheres e crianças. Apesar de estar a ocorrer um genocídio perante os olhos do mundo, os governos dos países ocidentais continuam a apoiar Israel. No entanto, também é possível ver que está a surgir um movimento global de consciência e que as pessoas comuns estão muito indignadas com Israel e os seus crimes.

Continuam os ataques de Israel contra Gaza. Enquanto a cidade, que está sob bloqueio há anos, começou a ser alvo de ataques aéreos imediatamente após o 7 de outubro, o exército israelita avançou também por terra e dividiu Gaza em dois setores, norte e sul. Israel, que intensificou os seus ataques terrestres no setor norte, pretende destruir as estruturas da resistência neste setor, mas não se pode dizer que tenha obtido sucesso militar até agora. Enquanto o Qassam, e outras pequenas estruturas de resistência filiadas no Hamas, mostram uma séria resistência militar como elementos de poder assimétrico contra o exército israelita em zonas residenciais, Israel perdeu muitos tanques e veículos blindados. Mais uma vez, um grande número de soldados israelitas perdeu a vida em confrontos, e os lançamentos de mísseis continuam, embora a um ritmo reduzido.

O plano de ação e a estratégia de Israel permanecem pouco claros. Há indicações de que se voltará para o sul quando obtiver o que pretende no norte, mas é questionável se o conseguirá fazer. Mais uma vez, a comunidade internacional deu início a um movimento de consciência global independente dos governos. Pessoas comuns de todo o mundo, de oeste a leste, de norte a sul, estão a manifestar a sua raiva contra Israel nas ruas, que está a cometer abertamente um genocídio perante os olhos do mundo. Esta situação acabará por afetar os governos do Ocidente e refletir-se-á nas suas políticas.

Israel pode ou não ter êxito militar em seu próprio benefício em Gaza, mas, para além disso, será o maior perdedor a médio e longo prazo, e as suas ações que ferem a consciência mundial e os seus esforços genocidas já foram condenados na consciência do cidadão comum.