O número de migrantes no mundo ultrapassou os 280 milhões

De acordo com a informação compilada no Relatório Mundial das Migrações (OIM) de 2022, da Organização Internacional para as Migrações das Nações Unidas, desde 2020, existem 281 milhões de migrantes em todo o mundo. Dentro da população migrante, que aumentou 3,5% em comparação com o ano anterior, 135 milhões são mulheres e 146 milhões são homens.

Em 1970, foram registados 84 milhões de migrantes em todo o mundo, e 153 milhões em 1990, mas, nos últimos 50 anos, o número de migrantes internacionais mais do que triplicou.

Por outro lado, o número de migrantes dentro do próprio país é muito maior do que aqueles que viajam para fora do país.

A maioria dos migrantes vive na Europa (87 milhões) e na Ásia (86 milhões). Estas duas regiões acolhem 61% dos migrantes do mundo inteiro.

A América Latina e as Caraíbas, onde o número de migrantes internacionais mais do que duplicou (de cerca de 7 milhões para 15 milhões), são também as regiões com a maior taxa de crescimento de migrantes internacionais.

Em 2019, existiam cerca de 169 milhões de trabalhadores migrantes em todo o mundo, representando quase dois terços (62%) dos migrantes globais. 

No final de 2020, 89,4 milhões de pessoas em todo o mundo estavam a viver deslocadas.

Destes, 26,4 milhões são refugiados, 4,1 milhões são requerentes de asilo, 3,9 milhões são refugiados venezuelanos e 55 milhões são pessoas deslocadas dentro do seu país.

A maioria das pessoas deslocadas por conflitos e violência vive no Médio Oriente e na África subsaariana.

No final de 2020, existiam 26,4 milhões de refugiados em todo o mundo. Além disso, embora a taxa de crescimento anual da população refugiada tenha abrandado desde 2012, o número de refugiados está num nível recorde.

Na Síria, o número de refugiados que fugiram do país devido à guerra civil atingiu cerca de 6,7 milhões, um aumento de cerca de 100.000 em comparação com o ano anterior.

Em 2020, a Türkiye tornou-se o maior país de acolhimento de refugiados do mundo, pelo quinto ano consecutivo, com mais de 3,6 milhões de refugiados, na sua maioria sírios.