Índia aumenta medidas de segurança em Caxemira após a morte do líder político Syed Ali Geelani
Um membro da família de Syed Ali Geelani disse que as autoridades indianas levaram o seu corpo na manhã de quinta-feira e o enterraram, sem permitir a presença dos seus entes queridos.
As autoridades indianas impuseram restrições aos movimentos e sobre os serviços de internet e telefone celular em Jammu e Caxemira, na noite de quarta-feira, 1 de setembro, para evitar possíveis manifestações na região após a morte do proeminente líder Syed Ali Geelani.
O líder caxemiri, de 91 anos, morreu na noite de quarta-feira, causando dor generalizada na região disputada.
A polícia indiana anunciou restrições ao movimento de pessoas em direção à residência de Geelani, na região de Hyderpora em Srinagar, e em frente ao aeroporto internacional da cidade.
As autoridades indianas levaram o corpo do líder caxemiri na manhã de quinta-feira e agentes das forças de segurança enterraram-no em Srinagar - denunciou um parente próximo do falecido, que pediu para manter o anonimato.
O parente disse à Agência Anadolu, por telefone, que a polícia indiana e as autoridades paramilitares da região invadiram a casa de Geelani a meio da noite e insistiram que o líder falecido fosse "enterrado em silêncio".
“Os membros da família resistiram porque queriam enterrar Geelani depois da oração matinal (muçulmana)” - acrescentou.
"As forças indianas insistiram que Geelani fosse enterrado em silêncio com poucas pessoas presentes nas suas orações fúnebres. E depois levaram à força o corpo de Geelani Sahab sob custódia, impedindo qualquer membro da família ou parentes de comparecerem no funeral" - indicou o mesmo familiar.
Geelani queria ser enterrado no Cemitério dos Mártires de Srinagar, o maior cemitério de Caxemira.
Depois de iniciar sua carreira política no movimento Jamaat-e-Islami em Jammu e Caxemira e de mais tarde ingressar no APHC, Geelani lançou o Tehreek-e-Hurriyat (Movimento pela Liberdade) em 2004, juntamente com outro líder proeminente, Muhammad Ashraf Sehrai, que morreu na prisão em maio de este ano.
Durante a maior parte da última década, Geelani, que sofria de problemas de saúde, esteve em prisão domiciliária na sua residência, em Hyderpora.
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