Secretário-geral da NATO avisa sobre a "ascensão da China e da Rússia"
"O enfraquecimento dos laços transatlânticos não só enfraquece a NATO, mas também dividirá a Europa".
Num evento interparlamentar realizado em Portugal – que detém a presidência rotativa da União Europeia - o Secretário-Geral da NATO, Jens Stoltenberg, ofereceu a sua solidariedade estratégica à a UE, que insiste em ser “estrategicamente autónoma” para reduzir a sua dependência face aos Estados Unidos.
Falando sobre as relações exteriores e política de segurança comum, e respondendo a perguntas feitas por parlamentares, Stoltenberg disse que há ameaças como o terrorismo, os ciberataques e a ascensão da Rússia e da China faceà NATO e à UE.
Stoltenberg considera que os laços entre a Europa e a América do Norte precisam de ser fortalecidos: "O enfraquecimento dos laços transatlânticos não só enfraquece a NATO, mas também dividirá a Europa. Perante estas dificuldades, nem a Europa nem os Estados Unidos poderão lutar sozinhos” – garantiu, ao falar sobre o combate ao terrorismo.
O secretário-geral da Aliança Atlântica referiu-se também à relevância da ligação transatlântica face à ascensão da China: “Em breve, a China será a maior economia do mundo. E terá também o maior o orçamento de defesa final e tecnologias de ponta. Nem a Europa nem os Estados Unidos conseguirão enfrentá-la sozinhos. A China é razão suficiente por si só para tornar a NATO mais importante. Porque quando enfrentamos contratempos globais, a mudança no equilíbrio entre poder e segurança, bem como a grandeza, são importantes. E quando consideramos os outros desafios, devemos agir em solidariedade” – sublinhou Stoltenberg.
