Golpe militar em Mianmar: Exército toma o poder por um ano

O Exército de Mianmar anunciou que assumiu o controle do governo na madrugada de segunda-feira e que o comandante-em-chefe, Min Aung Hlaing, assumirá o commando do país durante um ano.

O presidente Win Myint e outros líderes, incluindo a ministra das Relações Exteriores Aung San Su Kyi, foram detidos às primeiras horas da manhã.

Os chefes militares também declararam estado de emergência por um ano e disseram que Mianmar será governado pela administração militar por um ano.

O Exército do Mianmar alegou fraude nas eleições que resultaram na vitória do partido no poder, de Su Kyi.

Durante as negociações pós-eleitorais, o chefe de gabinete anunciou que a constituição poderia ser dissolvida se as leis não fossem devidamente implementadas.

Em Mianmar, o porta-voz do partido no governo, a Liga Nacional para a Democracia (NLD), Myo Nyunt, anunciou que o presidente Win Myint, Suu Kyi e outros líderes do partido foram detidos às primeiras horas da manhã, em resultado do ataque militar.

Nos seus comentários anteriores, Nyunt disse "Quero dizer ao nosso povo para não responder precipitadamente e quero que ajam de acordo com a lei" - acrescentando que ele também esperava ser preso.

Depois dos militares terem tomado o poder e prendido funcionários do governo civil, o partido do governo pediu ao povo que se opusesse ao golpe e que não permitisse o retorno à ditadura militar.

Numa mensagem publicada na página de Facebook da Liga Nacional para a Democracia (NLD), presidida por Ang San Su Kyi, é dito que a ação do Exército é ilegítima e ignora a constituição e a vontade do povo.