Protestos na França contra a islamofobia em alta

Há manifestações contra o projeto discriminatório que visa os muçulmanos

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Protestos na França contra a islamofobia em alta

A França protesta contra o projeto de lei de segurança, o projeto de lei que discrimina os muçulmanos e a islamofobia em ascensão no país. Manifestantes que se reuniram na Praça Chatelet, em Paris, carregaram faixas e lançaram slogans contra o presidente Emmanuel Macron.

Os manifestantes pediram que a conta de segurança seja retirada. Em alguns momentos, houve tensões entre a polícia e os manifestantes que marcharam até a Place de Republique. Os manifestantes incendiaram uma motocicleta. A polícia interveio com água pressurizada.

Houve dois feridos em consequência da intervenção policial. O ministro do Interior, Gerald Darmanin, por meio do Twitter, afirmou que 142 pessoas foram presas nas manifestações. De acordo com o Ministério do Interior, 26.417 pessoas participaram dos protestos, das quais 5.000 em Paris. 85 protestos foram organizados contra o aumento da lei de segurança e islamofobia.

Em Lyon, a polícia na mesma manifestação usou gás lacrimogêneo contra os manifestantes que jogaram diferentes objetos contra a polícia. O projeto de lei aprovado na Assembleia Nacional e apresentado ao Senado prevê a pena de prisão de um ano e multa até 45 mil euros ao que divulgarem as imagens das forças de segurança. Observa-se que, além dos drones, as forças de segurança podem usar suas câmeras para perseguir pessoas nas manifestações.

Dadas as reações, foi novamente decidida a reformulação do artigo 24 do projeto.

Houve interrogatórios contra os policiais após a divulgação de imagens de violência policial nas redes sociais ocorreridas nas manifestações dos Coletes Amarelos. O projeto de lei conhecido como 'Discriminador Islâmico' e rebatizado de ‘Que fortalece os valores da República' se concentra na fiscalização financeira estrita das mesquitas, aumentando o controle das associações muçulmanas e pressionando os muçulmanos e impedir a chegada de oficiais religiosos de fora.



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