Dinamarca suspende vendas de armas à Arábia Saudita

AA - O Ministério das Relações Exteriores anunciou na quinta-feira que suspendeu a venda de armas pelo papel da Arábia Saudita no assassinato de Jamal Khashoggi e pela crise humanitária no Iêmen.

Por meio de uma declaração por escrito, o ministério afirmou: "A Arábia Saudita desempenhou claramente um papel negativo na crise humanitária no Iêmen e no assassinato de Khashoggi. É hora de enviar um sinal de alerta claro da Europa para a Arábia Saudita".

A decisão veio depois que a Alemanha também suspendeu as vendas de armas para Riade.

A França, por sua vez, indicou que em breve decidirá as sanções que irá impor pelo assassinato do jornalista saudita.

Khashoggi, colunista do jornal Washington Post, desapareceu depois de entrar no consulado da Arábia Saudita em Istambul em 2 de outubro.

Depois de dizer inicialmente que deixou o consulado vivo, o governo saudita admitiu, semanas depois, que foi morto lá.

Segundo a ONU, o Iêmen é o país que enfrenta a pior crise humanitária no momento. À medida que o conflito entra em seu quarto ano, quase 14 milhões de pessoas no Iêmen, o equivalente a metade da população total do país, estão à beira da fome.

Apoiando a decisão alemã, o ministro das Relações Exteriores da Dinamarca, Anders Samuelsen, disse que espera que outros países da União Europeia tomem medidas similares.

Samuelsen também criticou os Estados Unidos por continuarem vendendo armas para o reino.