Exército israelita apresentou plano para evacuar e atacar Rafah

Foi noticiado que o exército israelita apresentou ao Gabinete de Guerra o plano para a "evacuação de Rafah", onde se refugiaram os palestinianos deslocados, e o plano para atacar a cidade.

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Exército israelita apresentou plano para evacuar e atacar Rafah

Foi noticiado que o exército israelita apresentou ao Gabinete de Guerra o plano para a "evacuação de Rafah", onde se refugiaram os palestinianos deslocados, e o plano para atacar a cidade.
Num comunicado do Gabinete de Imprensa do Primeiro-Ministro, foi afirmado que o exército israelita apresentou o plano ao Gabinete de Guerra ontem à noite.

Na declaração é expresso que "o exército israelita apresentou ao Gabinete de Guerra a evacuação da população das zonas de conflito na Faixa de Gaza e o próximo plano de operações".

Embora o nome da região não tenha sido indicado, a imprensa israelita escreveu que se tratava de um plano destinado a atacar Rafah e a "evacuar" os palestinianos que aí se refugiaram.

O comunicado refere ainda que o Gabinete de Guerra aprovou "o plano de ajuda humanitária à Faixa de Gaza".

Em 9 de fevereiro, o Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, pediu ao exército israelita que preparasse e apresentasse ao Gabinete de Guerra um plano de "evacuação" de Rafah, onde se refugiam os palestinianos deslocados, e um ataque a esta zona.

A cidade de Rafah, situada a sul de Gaza, na fronteira com o Egipto, albergava cerca de 280.000 palestinianos antes dos ataques israelitas. A maioria dos palestinianos deslocados pelos ataques israelitas que tiveram início em 7 de outubro refugiou-se em Rafah, que Israel tinha anteriormente afirmado ser "segura". A população de Rafah mais do que quintuplicou, atingindo 1,5 milhões de pessoas, que se deslocaram das zonas setentrionais.

Devido à falta de alojamento adequado, a maioria dos palestinianos que se refugiaram em Rafah está a lutar pela sobrevivência em campos com tendas improvisadas.

As forças israelitas atacam frequentemente a cidade de Rafah com ataques aéreos. Teme-se que, se Israel lançar um ataque terrestre a Rafah, os civis não tenham abrigo na Faixa de Gaza.

Entretanto, o Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, fez uma declaração ao canal de televisão americano CBS News.

"Se chegarmos a um acordo (com o Hamas) (sobre uma troca de reféns), (o ataque a Rafah) será adiado. Mas (o ataque) vai acontecer. Se não houver acordo, fá-lo-emos de novo. Tem de ser feito", afirmou.



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