Biden avisou Netanyahu que não deve "lançar uma operação militar sem um plano credível" em Rafah

O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, avisou o Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que não deve "lançar uma operação militar sem um plano credível" em Rafah, na Faixa de Gaza.

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Biden avisou Netanyahu que não deve "lançar uma operação militar sem um plano credível" em Rafah

O Presidente dos Estados Unidos da América (EUA), Joe Biden, avisou o Primeiro-Ministro israelita, Benjamin Netanyahu, que não deve "lançar uma operação militar sem um plano credível" em Rafah, na Faixa de Gaza.

Num comunicado divulgado pela Casa Branca, foi afirmado que Joe Biden e Benjamin Netanyahu tiveram uma conversa telefónica na qual foram discutidos "os esforços para garantir a libertação de todos os reféns ainda detidos pelo Hamas".

Na declaração, Biden reiterou a sua opinião de que Netanyahu "não deve lançar uma operação militar sem um plano credível e viável para garantir a segurança de mais de um milhão de pessoas em Rafah".

Biden "apelou a medidas imediatas e específicas para aumentar a eficiência e a consistência da assistência humanitária a civis palestinianos inocentes", refere o comunicado, acrescentando que o Presidente também reafirmou "o objetivo comum de ver o Hamas derrotado e garantir a segurança a longo prazo de Israel e do seu povo".

Entretanto, a agência oficial palestiniana WAFA, citando funcionários hospitalares em Rafah, informou que mais de 100 pessoas foram mortas e centenas de feridos chegaram aos hospitais, após os ataques aéreos israelitas à cidade de Rafah.

Fontes locais referiram que os aviões de guerra realizaram cerca de 40 ataques aéreos em simultâneo com intenso fogo de artilharia e intenso fogo de navios de guerra a partir do mar, tendo como alvo muitas casas e mesquitas, especialmente as que abrigam pessoas deslocadas.

O Crescente Vermelho Palestiniano anunciou também que os ataques israelitas se concentraram no centro da cidade de Rafah e que casas de civis também foram alvo dos ataques.

Numa declaração divulgada pelo Gabinete do Primeiro-Ministro israelita em 9 de fevereiro, Netanyahu deu instruções ao exército e aos serviços de segurança para prepararem um plano para atacar o sul da Faixa de Gaza e deslocar cerca de 1,5 milhões de palestinianos que aí se tinham refugiado.

As Brigadas Qassam, a ala militar do Hamas, lançaram a operação "Inundação de al-Aqsa" contra Israel em 7 de outubro. 

Em resposta, o exército israelita anunciou que tinha lançado a operação "Espadas de Ferro" na Faixa de Gaza. 

Na escalada de tensão, mais de 28 mil palestinianos, na sua maioria crianças e mulheres, perderam a vida.



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