Palestina: "O novo governo de Israel não será diferente do anterior"

O Ministério das Relações Exteriores da Palestina disse que o novo governo de Naftali Bennett, descrito como o "Governo de mudança" em Israel, não será diferente do anterior.

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Palestina: "O novo governo de Israel não será diferente do anterior"

O Ministério das Relações Exteriores da Palestina declarou que o novo governo de Naftali Bennett, definido como o "Governo da mudança" em Israel, não será diferente do anterior.

Através de uma nota, o ministério destacou que a descrição do governo Bennett como sendo um "governo de mudança" não é correta, exceto pela "retirada de Benjamin Netanyahu". E afirmou que "o novo governo de Israel não será diferente do anterior".

O ministério palestino levantou ainda uma série de questões sobre o governo liderado por Bennett, incluindo "Qual é a sua posição sobre o direito do povo palestino à autodeterminação e ao estabelecimento do seu estado independente, tendo Jerusalém Oriental como sua capital?". “Qual é a sua posição em relação aos colonatos e anexação? Qual é a sua posição sobre Jerusalém e o respeito pela situação histórica e jurídica da cidade? Qual é a sua posição sobre os acordos assinados? E a sua posição sobre as resoluções de legitimidade internacional? A sua posição sobre a solução de dois estados e sobre as negociações com base no princípio de terra pela paz?”

O Ministério das Relações Exteriores da Palestina destacou que a posição da Palestina acerca deste novo governo israelita vai depender da atitude que adotar perante estas situações nos próximos dias.

Mustafa Barghouti, o secretário-geral do movimento da Iniciativa Nacional Palestina, avisou que o governo Bennett irá forçar a criação de mais colonatos ilegais e aumentar a discriminação racial, sendo até mais extremista que o anterior.

Barghouti destacou que o novo primeiro-ministro é um dos que mais se opõe à criação de um Estado palestino independente.

Por seu turno, o porta-voz do Hamas, Sami Abu Zuhri, disse na sua conta no Twitter que "não nos interessa a mudança de poder em Israel": "Israel está unido nas suas políticas de apoderar-se dos direitos dos palestinos. A queda de Netanyahu é uma das consequências da vitória da resistência na Batalha da Espada de Jerusalém".



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