França apela pela primeira vez ao cessar-fogo em Gaza
Emmanuel Macron afirmou: "A curto prazo, temos de trabalhar para proteger os civis. Isto exige uma pausa humanitária muito rápida e temos de trabalhar para um cessar-fogo"
Pela primeira vez desde o início das hostilidades, o Presidente Emmanuel Macron apelou a que se "trabalhe para um cessar-fogo" na Faixa de Gaza, assinalando uma mudança significativa na posição diplomática da França face à tragédia em curso.
Emmanuel Macron afirmou: "A curto prazo, temos de trabalhar para proteger os civis. Isto exige uma pausa humanitária muito rápida e temos de trabalhar para um cessar-fogo", disse Emmanuel Macron, acrescentando: "Isto tem que se tornar uma possibilidade".
Macron sublinhou que a proteção dos civis na Faixa de Gaza é "absolutamente essencial" e que não pode haver dois pesos e duas medidas quando se trata de proteger a vida humana.
Macron reiterou que Israel tem "o direito à autodefesa e o dever de proteger o seu próprio povo", enquanto o governo israelita tem "uma importante responsabilidade (...) de respeitar a lei e proteger os civis".
O Presidente sublinhou que a situação humanitária em Gaza, que está sujeita a bombardeamentos e a um cerco total há mais de um mês, está a "deteriorar-se de dia para dia".
Macron anunciou também que o seu país vai atribuir mais 80 milhões de euros para ajuda humanitária ao povo palestiniano este ano, elevando o total para 100 milhões de euros.
Por outro lado, Martin Griffiths, Subsecretário-Geral das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários, afirmou: "Precisamos de um cessar-fogo humanitário. Precisamos de silenciar as armas para fins humanitários".
