Morreu uma pessoa nos protestos em França em reação à morte de Nael

Durante os protestos em França, que tiveram início depois de um jovem condutor de origem argelina ter sido morto por uma bala da polícia, foi noticiado que uma pessoa morreu

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Morreu uma pessoa nos protestos em França em reação à morte de Nael

Durante os protestos em França, que tiveram início depois de um jovem condutor de origem argelina ter sido morto por uma bala da polícia, foi noticiado que uma pessoa morreu em consequência de ter sido atingida por uma bala de borracha no peito, no fim de semana.

De acordo com o jornal local La Marseillaise, um homem de 27 anos morreu quando uma bala de borracha lhe atingiu o peito durante os protestos em Marselha na noite de 1 para 2 de julho.

O Ministério Público de Marselha abriu um inquérito judicial ao ocorrido pela "morte de uma pessoa com objeto letal".

De acordo com o Ministério Público, ainda não foi determinado exatamente onde a pessoa em questão foi atingida pela bala de borracha.

Embora tenha havido protestos e pilhagens na zona nessa noite, não ficou claro se a pessoa falecida participou nos mesmos.

Por outro lado, o Presidente Emmanuel Macron reuniu-se no Palácio do Eliseu com os presidentes de câmara cujas regiões foram afetadas pelas manifestações que começaram em resposta à morte de Nael M. por uma bala da polícia.

Devemos concentrar-nos nas proibições das redes sociais", afirmou Macron na sua declaração. Quando as coisas ficam fora de controlo, devemos estar em posição de regular ou cortar o acesso (às redes sociais)".

Entretanto, a declaração de Macron de que "o acesso às redes sociais pode ser bloqueado se necessário" causou reações.

Mathilde Panot, Vice-presidente do Grupo Parlamentar do partido França Insubmissa, citou as notícias sobre as declarações de Macron na sua publicação no Twitter e comparou o Presidente francês ao líder norte-coreano Kim Jong-un.

“Cortar o acesso às redes sociais? Como a China, o Irão, a Coreia do Norte?" e argumentou que Macron quis desviar as atenções com estas declarações.

Os comentários nas plataformas das redes sociais também reagiram a Macron.

Por outro lado, o Ministro do Interior, Gérald Darmanin, afirmou no seu discurso na Assembleia Nacional que menos de 10% das 4 mil pessoas detidas nas manifestações eram estrangeiras.

O Ministro da Justiça, Éric Dupond-Moretti, anunciou que 350 pessoas foram presas no âmbito dos protestos.

Em 27 de junho, a polícia francesa abriu fogo contra um carro com três pessoas em Nanterre, matando o condutor Nael M., de 17 anos.

Em reação à morte de Nael muitas pessoas saíram às ruas em diferentes cidades do país e entraram em confronto com a polícia.

O polícia que matou o jovem foi suspenso e foi decidido que ficaria em prisão preventiva até ao julgamento.

Além disso, registaram-se incidentes de pilhagem e saque em protestos organizados em muitas cidades, incluindo Paris, Marselha e Lyon, e foi decretado o recolher obrigatório em 10 cidades a partir das 21h00.



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