Protestos em França: Macron acusa redes sociais de estarem a "alimentar" a violência nas ruas

O Presidente francês Emmanuel Macron afirmou que as redes sociais estão a alimentar a violência no seu país, onde as ruas se transformaram numa zona de guerra, e pediu a remoção de "conteúdos sensíveis".

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Protestos em França: Macron acusa redes sociais de estarem a "alimentar" a violência nas ruas

O Presidente francês Emmanuel Macron afirmou que as redes sociais estão a alimentar a violência no seu país, onde as ruas se transformaram numa zona de guerra, e pediu a remoção de "conteúdos sensíveis".

Macron, a Primeira-ministra Elisabeth Borne e o Ministro da Administração Interna

Gerald Darmanin participaram na reunião de emergência.

Macron:

"O que aconteceu nas duas últimas noites é inaceitável e indefensável. Nada pode legitimar a violência. Sobretudo quando essa violência consiste em atacar edifícios públicos, câmaras municipais, esquadras de polícia, escolas e saquear lojas".

Afirmando que será destacada mais polícia para controlar a situação, o Presidente francês afirmou que a morte de Nael M., de 17 anos, também foi explorada pelos manifestantes e que houve quem quisesse obter ganhos políticos.

Afirmando que não existe legitimadade que justifique estes incidentes violentos, Macron declarou que o Ministro do Interior Darmanin irá tomar medidas adicionais no terreno.

Pedindo aos pais que mantenham os jovens em casa para acalmar os incidentes nas ruas, Macron disse que vão exigir a remoção de "conteúdos sensíveis", afirmando que as redes sociais estão a provocar um agravamento da violência nas ruas, que se transformaram numa zona de guerra.

O Presidente francês afirmou que vai exigir às plataformas das redes sociais que revelem as identidades dos utilizadores que apelam à "desordem".

As manifestações, que começaram a 27 de junho nos subúrbios de Nanterre, em Paris, depois de um adolescente de 17 anos ter sido morto por uma bala da polícia durante um controlo de trânsito, continuaram durante toda a noite e 875 pessoas foram detidas nos incidentes que eclodiram.

Na sequência das manifestações, foi imposto um recolher obrigatório noturno nos subúrbios de Nanterre, Claramat e Savigny-le-Temple, em Paris, bem como em três bairros de Neuilly-sur-Marne.



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