Protestos e greve geral em França contra a reforma das pensões
Em França, eclodiram conflitos entre a polícia e os manifestantes durante as manifestações contra a reforma das pensões.
Em França, eclodiram conflitos entre a polícia e os manifestantes durante as manifestações contra a reforma das pensões.
Realizaram-se manifestações em 200 pontos no país contra a controversa reforma das pensões, que o governo aprovou diretamente, sem submeter a votação no parlamento.
Em todo o país, trabalhadores de diferentes setores, tais como energia, transportes e educação entraram em greve, na sequência do apelo dos sindicatos de trabalhadores.
Houve confrontos entre a polícia e manifestantes em Paris, Rennes e Toulouse.
Na capital Paris, manifestantes que marchavam da Praça da República para a Praça da Nação atearam fogo a bicicletas, motocicletas e caixotes do lixo. A polícia interveio junto dos manifestantes com gás pimenta e bastões.
O Ministro do Interior francês, Gérald Darmanin, fez uma declaração sobre a 10ª manifestação geral, que foi organizada em todo o país contra a reforma das pensões.
Darmanin agradeceu aos 13 mil polícias e guardas destacados para as manifestações.
O ministro francês mostrou-se solidário com os 175 agentes de segurança que ficaram feridas nos protestos.
Darmanin declarou que 201 pessoas foram detidas durante as manifestações.
Os sindicatos apelaram a greves e manifestações gerais pela 11ª vez em todo o país, a 6 de abril, contra a reforma das pensões.
Laurent Berger, Secretário-geral da Confederação Francesa Democrática do Trabalho, declarou que a Primeira-ministra francesa Elisabeth Borne convocou os sindicatos para se reunirem na próxima semana.
No país, o hashtag "#grevegeralilimitada" tornou-se um tema de tendência no Twitter.
Em França, prosseguem as manifestações que começaram a 16 de março sobre a decisão do governo de aprovar o projeto de lei, que inclui o aumento da idade da reforma em 2 anos de 62 para 64, sem votação no parlamento.
Ocorreram incidentes violentos entre a polícia e manifestantes em muitas partes do país, e mais de 1000 pessoas foram detidas.