A União Europeia e a OTAN condenam o envenenamento de Navalny
O principal diplomata da União Europeia, Josep Borrell, e o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, pediram às autoridades russas que investigassem a utilização de um agente químico para uso militar contra o líder da oposição
AA - A União Europeia (UE) e a Organização do Tratado do Atlântico Norte (NATO) condenaram o envenenamento do líder da oposição russa, Alexei Navalny.
"O uso de armas químicas em qualquer circunstância é completamente inaceitável e uma violação da lei internacional", disse o chefe de política externa da UE, Josep Borrell, em um comunicado em nome da UE.
O principal diplomata da UE também pediu ao governo russo que investigasse "de forma completa e transparente a tentativa de assassinato de Navalny".
Por sua vez, o secretário-geral da OTAN, Jens Stoltenberg, também condenou o uso do agente nervoso Novichok e instou as autoridades russas a realizar uma investigação "completa e transparente", em um post em suas redes sociais.
O chefe da OTAN também prometeu consultar a Alemanha e os aliados da OTAN sobre o incidente.
A Alemanha encontrou evidências "inequívocas" de que Navalny foi envenenado no mês passado por um agente químico militar pertencente ao grupo Novichok, anunciou o gabinete da chanceler alemã, Angela Merkel, na quarta-feira.
Navalny está atualmente em tratamento intensivo em coma induzido clinicamente na Alemanha. Sua condição é séria, mas não há perigo sério para sua vida, dizem seus médicos.
O oponente de 44 anos, um ativista crítico do presidente russo Vladimir Putin, adoeceu no dia 20 de agosto em um vôo da cidade siberiana de Tomsk para Moscou. O avião fez um pouso de emergência em Omsk e Navalny foi levado às pressas para um hospital, onde passou dois dias antes de ser enviado a Berlim para tratamento.
Em declarações anteriores sobre o incidente, o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, disse que eles estavam aguardando os resultados dos testes antes de iniciar uma investigação (AA).
