As bolsas de valores da Espanha, Brasil e Colômbia registraram quedas acentuadas
Os principais índices dos mercados acionários de São Paulo e Madri registram queda de cerca de 15%, enquanto o Colcap da Colômbia perdeu 9,35%
AA - Os mercados acionários mundiais experimentaram um novo dia de perdas nesta quinta-feira, semelhante à segunda-feira passada.
As quedas ocorreram depois que a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou o coronavírus (COVID-19) uma pandemia e que o Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, suspendeu as viagens entre seu país e a Europa.
Um dos mercados mais afetados foi a Bolsa de Madri, que teve seu principal índice, o Ibex 35, desvalorizado em 14,06%, um número sem precedentes na história do país europeu.
A Bolsa de Valores de São Paulo, uma das mais importantes da América Latina, também sofreu um forte colapso nesta quinta-feira, quando perdeu 14,78% e sofreu duas suspensões durante o dia, na tentativa de interromper as vendas devido ao pânico.
O índice Ibovespa, referência da Bolsa de Valores de São Paulo, fechou nesta quinta-feira com 72.582 pontos e acumula uma queda até agora este ano de 37,2%, segundo a plataforma financeira Investing.com.
Outro mercado acionário que sofreu com a convulsão do pregão foi o colombiano que fechou com queda de 9,35% e teve que suspender suas operações por 30 minutos na manhã desta quinta-feira (horário local), quando sua queda foi superior a 10% .
O principal índice da Bolsa de Valores da Colômbia, o Colcap, completa uma semana cinza após registrar uma queda de 10,5% na segunda-feira passada e de 4,75% na quarta-feira.
Somente na terça-feira houve recuperação moderada, em torno de 1,1%.
Uma das razões para a queda nos mercados acionários foi a queda nos preços futuros do petróleo, devido à queda na demanda e à ausência de acordos entre a Arábia Saudita e a Rússia para reduzir a produção.
O barril Brent de referência estava sendo negociado a US $ 32,8 e a taxa West Texas Intermediate (WTI) a US $ 30,9, nesta quinta-feira, de acordo com a plataforma Investing.
A queda do petróleo, somada ao coronavírus, também causou aumentos históricos no valor do dólar no México, Colômbia e Chile.
