Mantém-se a tensão no Equador: "Estamos em guerra, não nos podemos render a estes terroristas"

"Estamos em guerra, não nos podemos render a estes terroristas", afirmou o Presidente equatoriano Daniel Noboa a propósito dos conflitos com os gangs no seu país.

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Mantém-se a tensão no Equador: "Estamos em guerra, não nos podemos render a estes terroristas"

"Estamos em guerra, não nos podemos render a estes terroristas", afirmou o Presidente equatoriano Daniel Noboa a propósito dos conflitos com os gangs no seu país.

Em declarações à Radio Canela, do Equador, Daniel Noboa afirmou que não haverá absolutamente nenhuma negociação com os gangues e que estes grupos são agora "alvos legítimos".

Noboa sublinhou que o seu país está a atravessar uma espiral de violência.

"Estamos em guerra, não nos podemos render a estes terroristas. Estamos a fazer o que é necessário para eliminar a insegurança. Estes grupos pensam que, ao invadir a estação de televisão e ao fazer reféns as forças de segurança, vão conseguir controlar o Presidente, mas não vão conseguir".

Referindo-se ao ataque do dia anterior de um grupo armado à emissão em direto de um canal de televisão, Daniel Noboa disse:

"Aconselho-os a pensar duas vezes antes de o fazerem e quero que se saiba que seremos mais severos do que outros governos", disse.

Afirmando que estão a fazer tudo o que podem para resgatar as forças de segurança mantidas reféns pelas quadrilhas, o Chefe de Estado dirigiu-se aos juízes e procuradores, salientando que, se tomarem decisões "favoráveis" contra os chefes das quadrilhas, serão também tratados como "terroristas".

Jaime Vela, chefe do Comando Conjunto das Forças Armadas, declarou numa conferência de imprensa que 329 membros de gangs foram detidos e 5 membros de gangs foram mortos nas operações.

Vela declarou que dois polícias perderam a vida e um ficou gravemente ferido durante as operações e anunciou que 139 guardas continuam reféns em cinco prisões onde se registaram motins.

Vela disse que 41 agentes da lei que foram detidos à força por membros de gangues foram resgatados e 28 prisioneiros que fugiram da prisão foram capturados.

Vela também afirmou que foi constituída uma unidade especial para capturar o líder da quadrilha, apelidado de "Fito", que fugiu da prisão.

O governo equatoriano, que há algum tempo se debate com uma crise de segurança em todo o país, declarou o estado de emergência por 60 dias em 9 de janeiro, depois de o líder de um gang, Adolfo Macias Salazar, apelidado de "Fito", e vários prisioneiros terem fugido da prisão na cidade de Guayas e de viaturas da polícia terem sido atacadas com bombas.



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