Protestos no Peru já causaram 8 mortos

No Peru, o número de mortos aumentou para 8 nos protestos que começaram depois da destituição do ex-presidente Pedro Castillo, a 7 de dezembro, que posteriormente foi preso.

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Protestos no Peru já causaram 8 mortos

No Peru, o número de mortos aumentou para 8 nos protestos que começaram depois da destituição do ex-presidente Pedro Castillo, a 7 de dezembro, que posteriormente foi preso.

De acordo com os media do país, milhares de pessoas reuniram-se nas cidades de Puno, Cusco, Tacna, Apurimac e Arequipa, incluindo na capital Lima, exigindo a demissão da nova Presidente do país, Dina Boluarte, e a dissolução do Congresso.

O número de mortos aumentou para 8, com a morte de uma pessoa num confronto entre a polícia e os manifestantes.

Foi noticiado que os manifestantes, que marchavam nas ruas mais movimentadas do país, bloquearam as estradas queimando pneus e atirando cocktails Molotov à polícia.

As forças de segurança intervieram com bombas de gás lacrimogéneo e canhões de água e detiveram alguns dos manifestantes.

No dia de ontem, o governo declarou o estado de emergência por 30 dias, em todo o país, devido aos incidentes violentos e aos protestos.

Boluarte apelou ao diálogo com os manifestantes, que protestam há vários dias, para que ela se demita.

O ex-presidente peruano, Castillo, foi acusado de derrubar o governo, e destituído pelo Congresso por "incompetência moral permanente".

A decisão de destituir Castillo foi adotada com 101 votos a favor, 6 votos contra e 10 abstenções, na reunião do Congresso de 7 de dezembro.

A decisão de demitir Castillo foi justificada pelo Congresso, por "tentativa de usurpar funções públicas, obstruir o funcionamento dos poderes do Estado e violar a ordem constitucional".

Pedro Castillo foi detido na sequência da sua decisão de dissolver o Congresso e formar um governo de emergência nacional.

A Vice-Presidente Boluarte, tomou posse como nova Presidente do país a 8 de dezembro, depois de Castillo ter sido destituído do cargo.

Na sua declaração de 11 de dezembro, Boluarte salientou que este conflito político não era saudável para o país e disse: "Dentro de alguns dias trarei ao Congresso uma proposta para eleições antecipadas. O meu dever como Presidente é obedecer à vontade da maioria".

Se a proposta for aceite pelo Congresso, a realização de eleições antecipadas ocorrerá em abril de 2024.



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