Chile disse "não" a uma nova Constituição

No Chile, 61,9% dos que participaram no referendo sobre a entrada em vigor de uma nova constituição votaram "não".

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Chile disse "não" a uma nova Constituição

De acordo com os dados do Serviço Eleitoral do Chile, até ao momento, 98,43% dos votos foram contados.

Na contagem, a taxa daqueles que querem que a nova constituição entre em vigor foi de 38,1%, enquanto a taxa daqueles que não querem que entre em vigor foi de 61,9%.

Assim, a atual constituição, elaborada sob o regime do ditador Augusto Pinochet (1973-1990), considerada por uma parte da população como "o legado do regime ditatorial" e "a principal fonte de desigualdade" e revista muitas vezes, permanecerá em vigor.

A nova constituição constituída por 388 artigos, prevê que metade dos funcionários do Estado sejam mulheres, reconhece que existem 11 comunidades indígenas no país e define o Chile como um "país multinacional", reduz a idade da candidatura presidencial de 35 para 30 anos, legaliza o aborto, abole o Senado e substituí-o pela Assembleia das Regiões, confere aos recursos hídricos um estatuto de "não-propriedade" para combater a crise da água e estabelece a Agência Nacional da Água.

A preparação de uma nova constituição foi uma das principais reivindicações dos manifestantes, nas manifestações anti-governamentais, que começaram em outubro de 2019 no país, e causaram saques e violência durante mais de 5 meses e foram denominadas de "explosão social".



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