Juiz peruano nega pedido da Procuradoria para que Keiko Fujimori regresse à prisão
Em março deste ano, o Ministério Público pediu uma pena de 30 anos e 10 meses de prisão para a ex-candidata à presidência, por lavagem de dinheiro e declarações falsas em processo administrativo.
AA - O juiz Víctor Zúñiga declarou improcedente o pedido do Ministério Público do Peru para que a ex-candidata à presidência da Fuerza Popular, Keiko Fujimori, fosse novamente colocada em prisão preventiva.
Depois de ouvir o pedido do promotor José Domingo Pérez e as alegações da advogada de Fujimori, Giulliana Loza, o magistrado divulgou a sua declaração que também inclui a exigência de que Fujimori cumpra as medidas restritivas que lhe foram aplicadas.
“Se não o fizer, será novamente instaurada a prisão preventiva contra ela, a pedido do Ministério Público”, afirmou Zúñiga em depoimentos recolhidos pela Agência Andina.
Após a sentença, o procurador Pérez indicou que irá interpôr recurso da decisão judicial, para que Fujimori volte a ser colocada em prisão preventiva.
O promotor Domingo Pérez, integrante da equipa especial Lava Jato, tinha pedido uma pena de 30 anos e 10 meses de prisão para a candidata à presidência.
Após 2 anos de investigação contra a candidata, com base em suspeitas de lavagem de ativos, falsas declarações em processos administrativos, obstrução à justiça e participação em organização criminosa, o procurador Pérez apresentou uma acusação final com mais 15 000 páginas. De acordo com as conclusões da investigação preliminar, a acusação de lavagem de dinheiro foi cometida "nas modalidades de actos de conversão, transferência, ocultação e posse".
Por sua vez, a acusação de organização criminosa tem que ver com a suposta entrada de dinheiro ilegal no partido Popular Fuerza e nas campanhas políticas de Fujimori.
AA