O México realizou as maiores eleições da sua história

Nas eleições de domingo, 6 de junho, foram eleitos os chefes de 15 governos estaduais, congressos locais, Câmara dos Deputados e cerca de 2 000 presidentes de munícipio.

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O México realizou as maiores eleições da sua história
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O México realizou as maiores eleições da sua história este domingo, 6 de junho. Nas eleições, foram eleitos os políticos que vão ocupar as 500 cadeiras da Câmara dos Deputados, bem como os assentos dos 30 congressos locais e as presidências de cerca de 1 900 municípios.

Adicionalmente, e em resultado de uma reforma política, na nação norte-americana vai eleger novos governadores em 15 dos 32 estados do país: Baja California, Baja California Sur, Campeche, Colima, Chihuahua, Guerrero, Michoacán, Nayarit, Nuevo León, Querétaro, San Luis Potosí, Sinaloa, Sonora, Tlaxcala e Zacatecas.

No total, ontem estiveram em jogo cerca de 20 400 cargos públicos, com mais de 93 milhões de mexicanos a serem chamados a exercer o seu direito de voto.

As urnas abriram às 8h e fecharam às 18h (hora local). Mais de 1,5 milhões de pessoas trabalham na logística da jornada eleitoral.

De acordo com as últimas sondagens, o partido no governo, o Movimento de Regeneração Nacional (Morena) deverá vencer as eleições legislativas, apesar de, aparentemente, perder alguns assentos no Parlamento.

O partido político do presidente Andrés Manuel López Obrador (AMLO) também é o favorito para assumir uma boa parte dos governos nos 15 estados que terão novas lideranças.

No âmbito das campanhas eleitorais para as eleições deste domingo, cerca de 90 candidatos foram assassinados e muitos candidatos desistiram da corrida devido a ameaças.

Para o Dr. Francisco Jiménez Reynoso, especialista em segurança nacional e académico da Universidade de Guadalajara, estes números significam um "enfraquecimento" das instituições mexicanas e mostram que o crime organizado está a ganhar terreno:

“Esta é a eleição mais violenta e insegura da história do México contemporâneo, onde o maior número de candidatos foram assassinados (...) Isto deve-se à grande impunidade de quem comete crimes. Eles sabem que é difícil serem presos, investigados e processados​​” - indicou Jiménez em entrevista à Agência Anadolu.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) instou o Governo do México a prevenir e punir os atos de violência ocorridos no âmbito do processo eleitoral.

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Etiquetas: #eleições , #México

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