Parlamento Europeu condena escalada de violência na Colômbia e pede à UE mais apoio ao país

Os eurodeputados condenaram os assassinatos de ativistas de direitos humanos, ex-combatentes das extintas FARC e de líderes sociais e indígenas.

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Parlamento Europeu condena escalada de violência na Colômbia e pede à UE mais apoio ao país
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A sessão plenária do Parlamento Europeu (PE) de quinta-feira, 29 de abril, expressou a sua "preocupação" com a escalada da violência na Colômbia e pediu à União Europeia (UE) que continue a "apoiar política e financeiramente" a implementação de o Acordo de Paz, assinado em 2016 entre o Governo de Juan Manuel Santos (2010-2018) e o ex-guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc-EP).

Numa resolução aprovada com 553 votos a favor, 77 contra e 60 abstenções, os eurodeputados valorizaram o “esforço político, realismo e perseverança das partes em conflito”, mas condenaram os homicídios de defensores dos direitos humanos, ex-combatentes das Farc e comunidade e lideranças indígenas.

O PE também pediu investigações rápidas e detalhadas sobre os atos de violência e exigiram que o governo colombiano proteja as populações nas áreas mais expostas à violência.

“A resolução destaca que um dos maiores desafios da Colômbia continuam a ser os assassinatos e a violência contra ativistas de direitos humanos, ex-combatentes das FARC e líderes sociais e indígenas. Os eurodeputados alertaram para a escalada da violência nas zonas rurais e lamentam a violência causada por grupos armados ilegais e grupos criminosos ligados ao tráfico de drogas e à mineração ilegal” - indicou o PE através de um comunicado à imprensa.

O documento também apela ao Exército de Libertação Nacional (ELN), considerado um grupo terrorista pela UE, e as facções dissidentes das Farc a "cessarem as atividades violentas e os ataques terroristas contra a população, e a comprometerem-se com a paz".

A onda de violência no país sul-americano matou 904 líderes sociais e 276 ex-combatentes (271 segundo dados do partido Comunes), desde 2016.

O PE apelou à Comissão Europeia e ao Conselho Europeu para que redobrasse a assistência política e financeira à Colômbia, no âmbito dos novos instrumentos de cooperação previstos no quadro orçamental para o período 2021 - 2027.

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