Chile confia que Joe Biden ajudará na transição política na Venezuela
O chanceler chileno, Andrés Allamand, espera que o presidente eleito dos Estados Unidos apoie uma saída pacífica do governo de Nicolás Maduro.
O Governo do Chile confia que o presidente eleito dos Estados Unidos, o democrata Joe Biden, apoiará uma transição pacífica e democrática na Venezuela.
Na terça-feira, o chanceler do Chile, Andrés Allamand, que está em viagem pela Europa, disse isso.
“Achamos que o governo Biden deve compartilhar este princípio, de que é necessária uma efetiva transição para a democracia na Venezuela com métodos pacíficos resolvidos pelos próprios venezuelanos em um processo de eleições para suas autoridades que dê garantias plenas a todos”, disse o chanceler perante a imprensa em Bruxelas.
Allamand criticou a posição do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, a respeito das medidas de força para resolver a crise política no país caribenho.
"Não foi uma boa política sugerir que a situação venezuelana poderia ser resolvida por meios não democráticos, que foi o que sugeriu o governo (do presidente cessante Donald) Trump", disse ele.
Além disso, lembrou que o Chile nunca concordou com essa possibilidade.
“Sempre fomos categóricos em que não admitiríamos soluções contundentes para a crise venezuelana, mas que ela deveria ser resolvida de forma democrática e pacífica e por meio do procedimento que os próprios venezuelanos adotam”, frisou Allamand.
Por outro lado, o chefe da diplomacia chilena rejeitou as eleições parlamentares do próximo domingo, 6 de dezembro, promovidas pelo partido no poder e boicotadas pela oposição.
A este respeito, Allamand disse que este processo "carece de todas as garantias de legitimidade para ser considerado um ato eleitoral democraticamente válido".
O líder da oposição e autoproclamado presidente interino da Venezuela, Juan Guaidó, expressou sua confiança de que a comunidade internacional rejeita as eleições parlamentares que ocorrerão no próximo domingo em seu país.
O parlamentar venezuelano disse que “não haverá reconhecimento desse processo, portanto, haverá reconhecimento da luta venezuelana e do Parlamento nacional”.
No início de outubro, o Governo de Nicolás Maduro rejeitou a "lista de condições" anunciada pela União Europeia para observar as eleições.
Um comunicado do Ministério das Relações Exteriores da Venezuela destacou: “Tendo em vista o convite formalmente feito pelo Poder Eleitoral para ingressar no processo de observação, é lamentável que a União Europeia responda com uma lista de condicionantes com a pretensão de ignorar até mesmo mandatos específicos constitucional, em ato inadmissível que não corresponda ao espírito do convite feito.”
Notícias relacionadas
Cheias no Brasil: 107 mortos e 136 desaparecidos
O número de pessoas mortas na catástrofe das cheias no Brasil subiu para 107.