Macri prepara um pacote de medidas económicas após a sua derrota nas eleições

O presidente da Argentina reuniu-se com as autoridades que trabalham sobre as medidas que o governo irá tomar, em antecipação ao impacto económico da sua derrota nas eleições de domingo.

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Macri prepara um pacote de medidas económicas após a sua derrota nas eleições

O presidente da Argentina, Mauricio Macri, realizou reuniões na Casa Rosada, na terça-feira, com funcionários do seu governo, para preparar medidas para atenuar o impacto económico gerado pela sua derrota nas eleições do último domingo contra o candidato do Kirchnerismo, o peronista Alberto Fernandez

Macri reuniu-se com as autoridades que trabalham nas minutas do que poderiam ser as medidas económicas que o presidente anunciará "assim que o pacote for fechado", informou a agência oficial Télam.

A agência mencionou que o ministro das Finanças, Nicolás Dujovne, o ministro da Produção, Dante Sica, e o presidente do Banco Central, Guido Sandleris, participaram nestas reuniões.

“Tudo está sob avaliação neste momento. Em estudo, está um aumento do mínimo não tributável do Imposto de Rendimento e uma moratória para as PMEs, além da antecipação do aumento das reformas ”, disse o jornal local La Nación.

O peso argentino atingiu o seu valor mais baixo da história, depois da vitória de Alberto Fernández, que segue as mesmas políticas da vice-presidência e da ex-presidente Cristina Fernández de Kirchner.

O dolar americano atingiu níveis históricos face ao peso argentino na segunda e terça-feira, com alguns bancos a vender o dolar americano acima de 61 pesos argentinos. As obrigações e  as ações argentinas, convertidas para dólares, registaram quedas entre os 15 e 20%, o que por sua vez fez aumentar o risco de crédito do país.

Fernández conseguiu 47,3% dos votos e venceu a coligação apoiada pelo governo, Juntos por o Cambio, por uma diferença de 15 pontos percentuais.

A coligação formada pelo presidente Mauricio Macri e pelo seu vice-presidente, Miguel Ángel Pichetto, obteve apenas 32,2% dos votos.

A vantagem de Fernández não foi antecipada por nenhuma sondagem e coloca-o na posição de principal favorito à vitória na primeira volta das eleições presidenciais, agendadas para 27 de outubro.



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