Ministros das Relações Exteriores abordam desenvolvimentos e desafios do Mercosul

Os chanceleres da Argentina, Brasil e Uruguai e o vice-chanceler do Paraguai se reuniram segunda-feira em Montevidéu, no marco da LIII Reunião do Conselho do Mercado Comum do Sul (Mercosul), para tratar dos avanços e desafios do bloco.

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Ministros das Relações Exteriores abordam desenvolvimentos e desafios do Mercosul

Montevidéu, 17 de dezembro (EFE) .- Os ministros de Relações Exteriores da Argentina, Brasil e Uruguai e o vice-chanceler do Paraguai se reuniram na segunda-feira em Montevidéu, no âmbito da Reunião LIII do Conselho do Mercado Comum do Sul (Mercosul), para avaliar progresso e desafios do bloco no final da presidência do Uruguai. 

O dia começou com uma reunião entre representantes dos quatro Estados, que destacou o progresso do Mercosul nas negociações para os tratados com outros países e blocos regionais e os desafios que terão pela frente, a modernização de suas ligações internas e um Acordo de livre comércio com a União Europeia (UE).

"Temos feito progressos na melhoria do processo de integração e agenda interna e externa," disse o chanceler uruguaio, Rodolfo Nin Novoa, que também disse que durante o semestre em que o Uruguai liderou a presidência, quatro rodadas de negociações foram realizadas com a UE, duas com a Associação Européia de Livre Comércio (EFTA), duas com o Canadá, uma com a Coreia do Sul e uma reunião de chefes de negociação com Cingapura. 

Nesse sentido, ele indicou que essas regiões representam 27% do produto interno bruto (PIB) mundial e 42% do comércio mundial. 

Além disso, ele lembrou que os diálogos com a China, a União Econômica da Eurásia (EEU), Japão e Nova Zelândia, bem como "um importante plano de trabalho" com a Aliança do Pacífico. 

Segundo Nin Novoa, também "o Líbano, a Tunísia, Bangladesh, Paquistão, Egito e a Índia manifestaram interesse em iniciar contatos para uma agenda comercial conjunta" com o Mercosul. 

No entanto, ele descreveu como "a cereja" do bolo "o memorando de entendimento com a UEE que foi assinado hoje. 

"Este é mais um passo nessa estratégia de inserção internacional: a UEE é um conglomerado de países que é importante para a zona da Eurásia, onde a Rússia, que é o principal país, compõe quase 6,5% do produto mundial, e queremos melhorar o acesso aos mercados que o compõem", disse ele.

Por sua parte, Argentina, assumirá terça-feira a presidência temporária do Mercosul, e ressaltou que vai buscar ao longo dos próximos seis meses, dar impulso para o fechamento dos acordos comerciais pendentes com a UE, EFTA e Canadá, como bem como lançamento para a América Central o mais rápido possível e buscar o diálogo com a Aliança do Pacífico. 

Para o chanceler argentino, Jorge Faurie, o objetivo do Mercosul deve ser sempre melhorar a vida das pessoas e gerar crescimento e inclusão, por isso é necessário economias mais competitiva e integradas globalmente. EFE



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