Eleições amanhã na República Democrática do Congo num clima de insegurança

À medida que aumenta a intensidade dos confrontos entre grupos rebeldes e forças de segurança no leste da República Democrática do Congo, o país vai às urnas amanhã para as eleições presidenciais e parlamentares.

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Eleições amanhã na República Democrática do Congo num clima de insegurança

À medida que aumenta a intensidade dos confrontos entre grupos rebeldes e forças de segurança no leste da República Democrática do Congo, o país vai às urnas amanhã para as eleições presidenciais e parlamentares.

Ás eleições presidenciais concorrem 20 candidatos, entre os quais o atual Presidente Félix Tshisekedi, o antigo governador da província de Katanga e empresário Moise Katumbi, Martin Fayulu, que também foi candidato nas eleições de 2018, o Prémio Nobel da Paz Dr. Denis Mukwege e a única candidata feminina Marie Josée Ifoku Mputa.

O candidato presidencial que obtiver o maior número de votos nas eleições a uma volta será empossado a 20 de janeiro de 2024, e iniciará um mandato presidencial de 5 anos.

Os eleitores congoleses e os peritos consideram que as eleições não se vão efetuar num ambiente seguro, alegando que milhares de assembleias de voto não puderam entregar o material necessário e que, devido ao conflito em curso no leste do país, a segurança das votações não pode ser garantida em muitas regiões e pelo menos 1,5 milhões de pessoas deslocadas não poderão votar.

Os grupos de reflexão locais observaram igualmente que o processo não é transparente e que este facto criou uma crise de credibilidade entre os eleitores.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), prata, cobre, cobalto, ouro, coltan e diamantes são apenas algumas das dezenas de metais preciosos extraídos no país, que possui reservas subterrâneas intocadas, no valor de de cerca de 24 triliões de dólares.

A presença de grupos rebeldes, que causaram a morte de milhares de civis e a deslocação de milhões de pessoas, ameaça a segurança das urnas na região.

Apesar da assinatura de um cessar-fogo entre o exército e os grupos rebeldes antes das eleições, os ataques contra civis na região continuaram durante o período de campanha.



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