Forças Armadas do Níger declaram apoio ao golpe de estado liderado pela Guarda Presidencial

As Forças Armadas do Níger anunciaram que apoiam os elementos do Regimento da Guarda Presidencial que tomaram o poder, a fim de evitar um derramamento de sangue no país.

Numa declaração escrita do exército do Níger, afirma-se que decidiram apoiar a declaração de golpe de Estado para evitar o derramamento de sangue entre os diferentes elementos das forças de segurança e para proteger a integridade física do Presidente Mohamed Bazoum e da sua família.

O Ministro dos Negócios Estrangeiros, Hassoumi Massaoudou, na sua declaração da manhã, afirmou que o incidente continuava a ser uma tentativa de golpe de Estado e que não tinha sido concretizado, tendo convidado o povo do Níger a opor-se a esta tentativa.

O Presidente Bazoum também anunciou na sua conta do Twitter:

" Os ganhos duramente conquistados serão salvaguardados. Todos os nigerianos que amam a democracia e a liberdade zelarão por isso."

Foi afirmado que Bazoum estava à espera do apoio das forças armadas contra os elementos do Regimento da Guarda Presidencial que tentaram um golpe de Estado, mas o exército não se mostrou favorável.

O Presidente do Benim, Patrice Talon, que foi nomeado mediador, em representação da União Económica e Monetária do Oeste Africano (CEDEAO), deverá reunir-se com os dois grupos durante o dia de hoje.

Bazoum foi detido por elementos do Regimento da Guarda Presidencial ontem de manhã.

A população saiu à rua para impedir o golpe e organizou protestos pela libertação de Bazoum.

Foi revelado que o General Omar Tchiani, que comanda o Regimento da Guarda Presidencial há quase 10 anos, está por detrás do golpe.

Um grupo de militares que se autodenominam "Conselho Nacional para a Proteção da Pátria (CNSP)" leu uma declaração de golpe na televisão estatal na noite passada e anunciou que tinha tomado o poder.