Governo líbio diz que Haftar enterrou muitos civis ainda vivos nas valas comuns em Tarhuna
O ministro das Relações Exteriores da Líbia, Mohamed Tahar Sayala, enviou uma carta ao Conselho de Segurança das Nações Unidas.
O governo líbio pediu uma investigação do Tribunal Internacional de Justiça sobre as valas comuns de Tarhuna, a cidade usada como centro de operações e logística das milícias de Khalifa Haftar, o líder das forças ilegais no leste do país.
O ministro das Relações Exteriores da Líbia, Mohamed Tahar Sayala, enviou uma carta ao Conselho de Segurança das Nações Unidas, de acordo com o comunicado divulgado na página de Facebook do Ministério das Relações Exteriores da Líbia.
Sayala disse que o número de valas comuns conhecidas das milícias de Haftar em Tarhuna subiu para 11 e que alguns civis foram enterrados vivos, incluindo mulheres e crianças.
Sayala pediu ao Tribunal Internacional de Justiça em Haia que inicie os procedimentos necessários para investigar os crimes das milícias Haftar em Tarhuna, e faça esforços para julgar os responsáveis por estes crimes perante a justiça internacional.
"Desta vez, o Conselho de Segurança das Nações Unidas deve mostrar uma posição decisiva sobre as violações das milícias de Haftar em Tarhun, que podem ser consideradas como crimes contra a humanidade", acrescentou o ministro das Relações Exteriores da Líbia.
Sayala sublinhou o fato do Conselho de Segurança das Nações Unidas ter ignorado os pedidos para adotar uma posição decisiva sobre os ataques contra Trípoli, o que depois teve estas consequências em Tarhuna.